O banco de dados hm+hc (sigla de habitar moderno e habitar contemporâneo), coordenado pelos professores Marcio Cotrim, Wylnna Vidal e Nelci Tinem, está, por um lado, vinculado à pesquisa realizada nos marcos do PPGAU/UFPB, “O habitar moderno e contemporâneo como objeto de reflexão das relações entre história e projeto através da análise gráfica” e, por outro, ao Portal/Revista de História da Arquitetura Moderna Història en Obres coordenado pelo professor Fernando Alvarez Prozorovich (ETSAB/UPC).
O conteúdo do banco de dados conta também com modelos digitais elaborados pelo Grupo de pesquisa A construção formal na arquitetura, vinculado ao PROPAR/UFRGS e coordenado pelo professor Edson da Cunha Mahfuz.
O objetivo do hm+hc é disponibilizar o material elaborado por estudantes do curso de arquitetura e urbanismo para serem usados em sala de aula e apoiarem pesquisas acadêmicas sobre casas do século XX e XXI. O material disponível – modelos digitais, maquetes físicas, redesenhos e quadros analíticos e comparativos de casas do século XX e XXI de diferentes lugares e arquitetos – é o resultado parcial de exercícios (internamente nomeados de ateliers de história da arquitetura) realizados nas disciplinas de teoria e história da arquitetura e em trabalhos de estágios supervisionados. Esses exercícios, realizados dentro do curso de arquitetura e urbanismo da UFPB e do UNIPE procedem da participação e conseqüente aprendizado dos professores Nelci Tinem (1994 e 1995) e Marcio Cotrim (2006, 2007 e 2008) enquanto colaboradores “ad honorem” na disciplina de Historia del Arte y Arquitectura III ministrada pelo professor Fernando Alvarez Prozorovich na ETSAB/UPC.
Nestes exercícios busca-se tomar distância das classificações previamente atribuídas às casas estudadas e analisá-las enquanto “objetos” arquitetônicos desvinculados de qualquer pré-interpretação. Através das ferramentas de representação gráfica e de modelagens os estudantes vão gradualmente sendo conduzidos a uma interpretação estritamente arquitetônica do objeto. É esta aproximação interpretativa que acreditamos ser capaz de produzir um conhecimento rigoroso, aprofundado, singular e detalhado dos objetos estudados, como condição fundamental para a elaboração de qualquer discurso crítico, evitando rótulos fáceis ou digressões em torno de curiosidades agradáveis que não contribuem para a compreensão das obras pesquisadas.
Esse conhecimento produzido exclusivamente a partir do estudo do objeto é entendido aqui como um uma base que alimenta a capacidade projetual do estudante/arquiteto, por um lado, e por outro, permite entender esses objetos em um sentido microhistórico desde o qual se possa extrair aspectos específicos da sua produção no contexto (tempo e espaço) em que foram realizados.